15 de fevereiro de 2009

FSM em Belém do Pará– 27.01.09 a 02.02.09

Relatório sintético feito por Pe. José Ernanne Pinheiro, Secretário Executivo do CEFEP e Assessor Político da CNBB
Realizado em Belém do Pará, como porta de entrada da Amazônia, de 27 de janeiro a 02 de fevereiro de 2009, o Fórum Social Mundial (FSM) é o maior espaço de debates e articulação de movimentos sociais no mundo. De fato, um laboratório de idéias em intercâmbio, oferecendo possibilidade de construirmos uma globalização solidária. Nascido como contraponto ao Fórum Econômico de Davos-Suiça, aos poucos o FSM constrói sua autonomia, identidade e a razão de ser em si mesmo.
Nesta edição, participaram do encontro 135 mil pessoas. Destas, 4,8 mil eram voluntários, 5,2 mil expositores de tendas temáticas e oficinas de trabalho, mil eram artistas, 4,5 mil profissionais da imprensa.
O FSM não é uma entidade; dentro dele, há várias entidades à luz da sua Carta de Princípios.
O conselho internacional funciona como serviço para a facilitação dos trabalhos. Do evento não saem decisões fechadas. Propõe uma nova cultura política, em que ninguém seja dirigente de ninguém.
As atividades do Fórum são organizadas por instituições, movimentos sociais, ONGs e grupos independentes. Nesse modelo, cada um apresenta o seu debate, expõe as suas idéias e cria suas propostas e ações. Este ano, 5,8 mil entidades e organizações se inscreveram. Entre elas, 4.193 eram de países da América do Sul, 491 de nações européias, 489 de países africanos, 334 da Ásia, 155 da América do Norte, 119 da América Central e 27 de países da Oceania.
Esta nova edição do Fórum aconteceu num contexto de várias crises mundiais: energética, econômica, ambiental, cultural e política. Havia uma convicção dominante, explicitada durante os debates: estamos diante de uma crise de modelo de civilização.
Com mais insistência que nos outros fóruns, estamos sendo urgentemente chamados a construir “outro mundo possível” e não só resistir. Este outro mundo se torna mesmo necessário e urgente, afirmam os participantes.
Realizar a 9ª. Edição do Fórum na Amazônia evidencia o reconhecimento da importância vital dos recursos naturais aí existentes. Construído com a participação dos povos desta região, o Fórum será seguramente um espaço para a formulação de alianças e plataformas de ação e luta que fortaleçam os processos já em curso e possibilitem a criação de novos.
**Como nós, Católico Apostólicos Romanos, poderemos contribuir no "novo mundo"?
**O que possamos fazer, enquanto leigos e leigas, para que junto à igreja possamos atingir uma sociedade mais justa e solidária?

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