5 de janeiro de 2009

Bento XVI dedica sua última reflexão de 2008 aos jovens

Pede que não tenham medo de se opor à mentalidade hedonista atual

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 1 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI dedicou aos jovens suas últimas reflexões de 2008, durante a celebração das Primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus e o solene Te Deum, de ação de graças.

O Papa quis dedicar aos jovens, da mesma forma que na Noite de Natal falou sobre as crianças, esta última reflexão do ano, e lhes pediu que não tenham dúvida em escolher um «estilo de vida que não siga a mentalidade hedonista atual».

«A sociedade necessita de cidadãos que não se preocupem só com seus próprios interesses, porque, como recordei no dia de Natal, 'o mundo irá à ruína se cada um pensar só em si mesmo'», afirmou o Papa. Por outro lado, pediu-lhes generosidade na hora de responder ao chamado divino, a não ter medo da tarefa apostólica que o Senhor lhes confia. «As crescentes necessidades da evangelização requerem numerosos trabalhadores na vinha do Senhor: não tenhais dúvida em responder-Lhe com prontidão se Ele vos chama».

«O Espírito Santo vos assegura a força necessária para dar testemunho da alegria da fé e da beleza de serem cristãos», acrescentou. Dirigiu-se também aos pais dos jovens, e pediu que dêem testemunho às novas gerações «da alegria que brota do encontro com Jesus, o qual, nascendo em Belém, não veio nos tirar algo, mas para nos dar tudo».

Os jovens, explicou o Papa, levam em seu coração a pergunta sobre o sentido da existência humana, e louvou uma iniciativa realizada na diocese de Roma por grupos de pais que «buscam novos caminhos para ajudar os próprios filhos a responder às grandes questões existenciais». Em sua saudação também à diocese de Roma, o Papa reforçou a necessidade de «formar agentes pastorais» que «possam enfrentar os desafios que a cultura moderna apresenta à fé cristã».

Convidou especialmente a responderem «à atual situação de emergência educativa», mediante uma maior presença nesse campo, e especialmente, mediante uma sinergia maior entre as famílias, a escola e as paróquias para uma evangelização profunda e para uma animada promoção humana, capazes de comunicar ao maior número de pessoas possível, a riqueza que brota do encontro com Cristo».

«O encontro com Cristo, vocês sabem bem, renova a existência pessoal e lhes ajuda a contribuir na construção de uma sociedade justa e fraterna. É por isso que, como crentes, podemos dar uma grande contribuição também para superar a atual emergência educativa», acrescentou, precisamente porque «a presença de Cristo é um dom que devemos saber partilhar com todos».

«A presença de numerosas e qualificadas instituições acadêmicas em Roma e as muitas iniciativas promovidas pelas paróquias nos fazem ver com confiança o futuro do cristianismo nesta cidade». Refletindo também sobre o significado da solenidade de Maria Mãe de Deus, o Papa explicou que a «a própria Virgem nos recorda que grande presente nos fez Jesus com seu nascimento, que precioso tesouro constitui para nós sua Encarnação». «Vindo ao mundo, o Verbo eterno do Pai nos revelou a proximidade de Deus e a verdade última sobre o homem e sobre seu destino eterno; veio ficar conosco para ser nosso apoio insubstituível, especialmente nas inevitáveis dificuldades de cada dia», acrescentou.

Ao mesmo tempo, convidou os fiéis a agradecerem pelo ano que se encerra, em louvor e ação de graças «Àquele que nos dá o dom do tempo, oportunidade preciosa de fazer o bem; unamos o pedido de perdão por não tê-lo talvez empregado sempre de maneira útil». O Papa concluiu que no Natal «Jesus vem oferecer sua Palavra como lâmpada que guia nossos passos; vem para oferecer-se a si mesmo e dele, nossa esperança certa, devemos saber dar razão de nossa existência cotidiana, conscientes de que somente no mistério do Verbo encarnado encontra verdadeira luz no mistério do homem».

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